Após bater R$ 4,15, dólar fecha em queda em dia de sobe e desce

Após alternar movimentos de alta e baixa durante a sessão, o dólar fechou em queda nesta terça-feira (29), mantendo-se no patamar de R$ 4, em meio a preocupações sobre a economia brasileira e especulações sobre a possibilidade de o Banco Central aumentar sua intervenção no câmbio. O mercado também reagiu com alívio aos números melhores que o esperado sobre as contas públicas brasileiras.
A moeda norte-americana fechou a R$ 4,0591, em baixa de 1,23%. Na mínima da sessão, o dólar chegou a cair 2,37%, a R$ 4,0123, e na máxima, subiu 1,11%, a R$ 4,1551.  Veja a cotação do dólar hoje
Veja as cotações ao longo do dia:
Às 9h10, caía 0,71%, a R$ 4,0805

Às 9h39, caía 0,35%, a R$ 4,0950
Às 9h59, caía 0,19%, a R$ 4,1015
Às 10h10, subia 0,58%, a R$ 4,1337
Às 10h20, subia 0,89%, a R$ 4,1461
Às 10h40, subia 0,58%, a R$ 4,1336
Às 10h50, subia 0,88%, a R$ 4,1456
Às 11h20, subia 0,23%, a R$ 4,119
Às 12h, subia 0,01%, a R$ 4,1098
Às 12h24, subia 0,37%, a R$ 4,1248
Às 12h48, caía 0,01%, a R$ 4,1088
Às 13h17, caía 0,07%, a R$ 4,1065
Às 13h26, caía 0,90%, a R$ 4,0723
Às 13h38, caía 1%, a R$ 4,0683
Às 13h49, caía 0,68%, R$ 4,0813
Às 14h13, caía 0,53%, a R$ 4,0875
Às 15h, caía 1,02%, a R$ 4,0675
Às 15h32, caía 1,23% a R$ 4,059
Às 16h07, caía 2%, a R$ R$ 4,027
Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 2,1% e 11,91%, respectivamente. No ano, a moeda já subiu 52,67%.
O déficit primário de R$ 5,081 bilhões registrado pelo governo central em agosto surpreendeu positivamente os agentes do mercado, segundo a Reuters. O reequilíbrio das contas públicas é a principal meta do governo em sua missão de evitar que o Brasil perca seu selo de bom pagador com outras agências além da Standard and Poor’s.
“O resultado fiscal de agosto superou as expectativas. A notícia, no entanto, não altera nossas perspectivas de não cumprimento da meta de superávit para o governo central neste ano”, escreveram economistas do banco Fator, que projetavam déficit de R$ 10,945 bilhões em agosto, em relatório.
Intervenção no câmbio
O BC e o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto nos últimos dias para conter a intensa volatilidade que vem assolando os mercados locais. Preocupações com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard and Poor’s e com a instabilidade política no país vêm pressionando o humor.
“Parece que o mercado de câmbio brasileiro não está aceitando mais do mesmo em relação aos leilões do BC e testa a autoridade monetária para algo mais vigoroso”, escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes, de acordo com a Reuters.
Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que “todos os instrumentos estão à disposição do BC”, mas até agora o BC não atuou no mercado à vista usando as reservas internacionais. Segundo operadores, alguns agentes financeiros elevavam o dólar para tentar pressionar o BC a vender dólares no mercado à vista.
“É um cabo de guerra. Ou o mercado se cansa de bater ou o BC desiste de proteger as reservas”, resumiu à Reuters o gestor de um banco internacional, sob condição de anonimato.
BC anunciou para esta terça um leilão de até 20 mil novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, e um leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra. Além disso, o dia também contou com aquele que deve ser o último dos leilões de swaps para rolagem do lote que vence em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos.
No campo externo, a perspectiva de altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano e com a desaceleração do crescimento econômico da China também vêm corroborando o avanço da moeda norte-americana.
Mercado testa Banco Central
O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história na semana passada, chegando a ser vendido a R$ 4,24.
Segundo a Reuters, agentes do mercado estariam testando a capacidade de atuação do Banco Central. Na quinta-feira passada, a moeda norte-americana chegou a renovar o recorde intradia, a quase R$ 4,25, mas anulou praticamente todo esse avanço, após o BC ter elevado suas intervenções no mercado de câmbio.
Só nas três sessões anteriores na semana passada, o BC atuou dez vezes – incluindo leilões de swaps para rolagem-, mas nunca vendendo dólares das reservas internacionais no mercado à vista.
Na sessão de segunda-feira (28), o BC apenas deu continuidade ao seu programa diário de inrterferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem em outubro.
A atuação do BC tem vindo em conjunção com o Tesouro Nacional, que anunciou programa de leilões diários de venda e compra de títulos públicos. Na operação de segunda-feira, no entanto, não vendeu nem comprou papéis, impulsionando os juros futuros a uma forte alta.

Do G1, em São Paulo

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