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No Dia Mundial da Água, relatora quer prioridade para consumidores

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Em comunicado, portuguesa Catarina de Albuquerque lembra que aumento da demanda por água e energia afeta camadas mais marginalizadas da população; segundo relatora da ONU, a alocação do recurso para consumo humano deve ser prioridade dos países.

Crianças bebem água na fonte
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas comemoram neste 22 de março o Dia Mundial da Água com um apelo a favor dos consumidores.
Em comunicado, a relatora independente da organização para o direito humano à água e ao saneamento básico alerta para os problemas de escassez do recurso devido às alterações climáticas.
Serviços
Segundo Catarina de Albuquerque, dentro dos próximos 15 anos, a metade do mundo poderá viver em áreas consideradas de "pressão no consumo e fornecimento de água."
Nesta entrevista à Rádio ONU, de Lisboa, a relatora afirmou que os países têm que priorizar as pessoas na hora de alocarem os serviços de água. Segundo ela, as altas taxas de energia por exemplo deixam a água mais cara para os consumidores.
"Não podemos olhar para as tarifas de eletricidade como uma questão meramente técnica. Uma vez que nós sabemos que o aumento das tarifas de eletricidade ou a diminuição dos subsídios à eletricidade, se não for feito nada, do ponto de vista de políticas públicas, vai ter um efeito direto no preço da água. E nós também sabemos, que do ponto de direitos humanos, a água tem que ser acessível do ponto de vista econômico. E não pode impedir as pessoas, as famílias de exercerem outros direitos como o direito à alimentação ou o direito à saúde."
Mau Gerenciamento
A relatora da ONU afirmou ainda que a demanda de água para a produção de energia deverá dobrar até 2035. De acordo com Catarina de Albuquerque, o mau gerenciamento da água tem um efeito direto para as partes mais pobres da população.
Segundo ela, a receita é simples: é preciso colocar o consumidor em primeiro lugar. Além disso, a prioridade dos países tem que ser dada ao consumo da água para fins pessoais e domésticos.
Para a relatora da ONU, a água e a energia estão interligadas assim como o preço dos dois serviços. E os consumidores não têm que gastar grande parte do orçamento para comprar água.

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