Violência após eleição deixa quatro mortos na Venezuela


Violência após eleição deixa quatro

mortos na Venezuela


Informações são da agência estatal AVN.
Oposição e situação convocaram novas manifestações para esta terça.

Da Reuters
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Quatro pessoas morreram na Venezuela em uma onda de violência após as eleições presidenciais que elegeram o chavista Nicolás Maduro no último domingo (14), informou a agência estatal AVN nesta terça-feira (16).
De acordo com a agência, duas pessoas morreram no estado de Miranda, do qual a capitalCaracas faz parte. Outra vítima morreu na fronteira com a Colômbia, e a quarta no estado de Zulia. Segundo a agência, as mortes ocorreram na segunda-feira (15).
Os dois lados envolvidos no impasse político venezuelano realizarão novas manifestações paralelas nesta terça, depois de as autoridades eleitorais rejeitarem pedidos da oposição para uma recontagem de votos, que elegeu Nicolás Maduro como presidente, e de confrontos entre manifestantes e a polícia em Caracas.
O líder oposicionista Henrique Capriles disse que a contagem de sua equipe mostra que ele venceu a eleição presidencial, e exigiu uma auditoria completa dos resultados oficiais, que deram vitória por estreita margem para o candidato governista Nicolás Maduro, que é o presidente interino do país.
O Conselho Nacional Eleitoral rejeitou a recontagem, e a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha, na segunda-feira, para dispersar partidários da oposição que protestavam em bairros ricos de Caracas.
A eleição foi convocada depois da morte do presidente socialista Hugo Chávez, em março, vítima de câncer. Meses antes de morrer, Chávez apontou Maduro como seu herdeiro político. Abertas as urnas, o candidato chavista teve 50,8% dos votos, contra 49% de Capriles.
Os dois lados convocaram seus partidários para manifestações pacíficas na terça-feira (16), gerando temores de mais turbulências políticas para o país.
"Convoco o povo para lutar pacificamente, para se mobilizar em todo o país... Já chega de abusos!", disse Maduro a jornalistas na segunda-feira (15), horas depois de ser oficialmente declarado vencedor. "Estão tentando violar a maioria... convocamos [a oposição] a respeitar a vontade popular."
Além dos confrontos em Caracas, que incluíram protestos em frente à sede do canal estatal VTV e da casa da presidente da comissão eleitoral, foram registrados protestos em várias cidades do interior.
Capriles, governador do Estado de Miranda, espera salientar a fraqueza do mandato de Maduro e alimentar a raiva da oposição com sua acusação de que o conselho eleitoral age de forma tendenciosa em favor do partido governista PSUV.
Mas a estratégia pode ter efeito adverso se as manifestações derem origem a distúrbios prolongados, como aqueles que a oposição comandou entre 2002 e 2004, e que em alguns casos incluíam o bloqueio de vias públicas por vários dias, com lixo e pneus em chamas.
O retorno a uma situação de turbulência prolongada nas ruas pode reavivar as dúvidas sobre as credenciais democráticas da oposição, justamente quando o antichavismo obteve seu melhor resultado numa eleição presidencial, e quando Capriles se consolida como seu líder.
Mas Capriles diz que continuará lutando. "Não vamos ignorar a vontade do povo. Acreditamos que vencemos... queremos que esse problema seja resolvido pacificamente", disse o candidato a jornalistas. "Não há maioria aqui, há duas metades."
Apoiadores do candidato derrotado na eleição venezuelana enfrentam polícia durante protesto em caracas. (Foto: Ramon Espinosa/AP)Apoiadores do candidato derrotado na eleição venezuelana enfrentam polícia durante protesto em caracas. (Foto: Ramon Espinosa/AP)

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